Dissertação de Mestrado: Os 5 erros que a sua dissertação de mestrado não pode ter

Todo tempo estamos ouvindo falar sobre como deve ser o trabalho de monografia, o que a dissertação deve conter, como produzir uma boa tese de doutorado e por aí vai. Mas uma coisa importantíssima é saber o que a sua dissertação (ou qualquer outro trabalho acadêmico) não deve ter de jeito nenhum.

Neste post você vai descobrir 5 erros fatais que você não gostaria que fossem descobertos em sua dissertação de mestrado. Leia nosso post e tenha certeza que você não será um dos mestrandos a incorrer em algum desses erros.

1 – Trabalho fora da norma – Seja ABNT ou local

Este é óbvio, mas ainda assim temos que falar sobre as normas. Todos os anos milhares de mestrandos e alunos de graduação são chamados a atenção por não seguirem as regras especificadas para a formatação do trabalho.

O formato padrão é importante pois todos os trabalhos acadêmicos precisam ter uma forma que seja igual e possibilite que todos possam entender o que cada um está dizendo. Além disso, a formatação padrão garante um nível de qualidade melhor e também a correta creditação de referências e outros autores no texto, o que é extremamente importante no mundo acadêmico.

Algumas universidades não utilizam o padrão ABNT, mas sim algum outro formato, seja de alguma instituição internacional de renome ou uma especificação local da universidade. O trabalho de formatar tudo de acordo com a norma padrão é muito burocrático e entediante, mas é um trabalho de word e não de pesquisa e redação.

Assim, apesar de ser um dos mais chatos, pode-se dizer que é também um dos mais fáceis. Dessa forma é absolutamente importante fazer essa etapa de forma correta.

2 – Usar citações de grandes pesquisadores como se fossem suas

A utilização de referências e a atribuição correta de créditos é fundamental no mundo da pesquisa. Quando estiver redigindo a sua dissertação de mestrado, tenha certeza que toda e qualquer citação que você usou está devidamente referenciada e com os créditos dados corretamente.

Se você não referenciar a citação e deixar um determinado trecho como se fosse seu, a banca examinadora pode interpretar como uma tentativa de apropriação indevida, o que é um grave problema no mundo científico.

Caso uma dissertação com alguma apropriação autoral seja identificada, a universidade pode sofrer sanções e com certeza terá a sua imagem arranhada. Assim sendo, tome cuidado e faça com que todas as citações e referências estejam devidamente associadas aos seus autores originais, desde equações, frases famosas, pequenos trechos de livros de referência copiados na íntegra, e vários outros.

3 – Não utilizar referências de caráter acadêmico e científico duvidoso

Um erro cada vez mais comum, principalmente agora na era da internet, é a utilização de fontes que não sejam de caráter científico. A mais famosa dela você já conhece: a Wikipedia. Por maiores que sejam os esforços dos autores de portais e enciclopédias online, o fato de serem plataformas abertas não dá a credibilidade científica necessária para que esse tipo de conteúdo seja usado como referência em dissertações e em qualquer outro trabalho acadêmico.

Desta forma, jamais utilize referências que não sejam puramente científicas, como artigos publicados em revistas científicas, livros de referência da literatura técnica e outras dissertações e teses de doutorado.

A utilização de fontes não científicas e pouco confiáveis pode ser um ótimo gancho para os seus examinadores desclassificarem ou darem uma nota baixa para o seu trabalho. Não deixe isto acontecer!

4 – Linguagem coloquial e em primeira pessoa – Jamais!

A linguagem da dissertação também é outro erro comum dos alunos de mestrado. Especialmente os mais jovens. A linguagem do mundo científico é uma linguagem formal e impessoal, sem firulas e sem subjetividade.

Ao escrever a sua dissertação, não utilize termos como “eu fiz’, “eu pesquisei”, “ele(a)”, “nós”, ou qualquer tipo de referência linguística que denote subjetividade. Ao contrário, busque sempre utilizar termos objetivos e impessoais como “foi feito”, “pesquisou-se”, “fez-se”, “desenvolveu-se”, e termos em tom e tempo verbal semelhante.

O uso de linguagem pessoal e coloquial, além de mostrar um certo despreparo para o mundo da pesquisa científica, é um grave sinal de que o mestrando não deu a devida atenção para a redação da dissertação.

Não seja surpreendido, garanta que todo o seu trabalho tenha linguagem objetiva e prática, sem referências subjetivas ou a sua pessoa. A impessoalidade é um aspecto muito importante da linguagem científica. É uma forma de dizer que os resultados da pesquisa foram alcançados graças à metodologia, e não à opinião e teses pré-definidas dos autores do trabalho.

5 – Não dar crédito a outros pesquisadores ou professores que ajudaram na pesquisa

É inevitável que durante a sua dissertação que você tenha que utilizar materiais e trechos de outros pesquisadores, sejam eles grandes nomes da sua área de estudo ou apenas outros doutorandos ou mestrandos que tenham publicado algum bom material.

É fundamental dar os créditos a outros pesquisadores da universidade e professores que de qualquer forma tenham ajudado na execução e preparação da dissertação. Isso pode ser feito na seção de agradecimentos, mas pode também estar espalhado ao longo do texto.

Reconhecer a ajuda de outros membros é um importante sinal de maturidade acadêmica e de que você sabe trabalhar no ambiente científico em cooperação com outras pessoas.

Conclusão

Esses foram 5 erros que a sua dissertação de mestrado não podem conter de jeito nenhum. Esses erros comprometem a sua imagem e a credibilidade de seu trabalho. Esteja atento e leia e releia a sua dissertação várias vezes em busca de erros como esses.

A comunidade científica é rigorosa (como de fato deve ser) e não é uma boa ideia se descuidar na hora de produzir e apresentar a sua dissertação de mestrado. As 5 dicas que você aprendeu com certeza vão ajudar à sua dissertação ficar dentro dos critérios necessários para que você obtenha o título de mestre.

O que você achou desses 5 erros? Já cometeu algum deles antes? Talvez sim, afinal, é errando que aprendemos. Mas caso você nunca os tenha cometido, não deixe nem que a primeira vez aconteça.